Moradores da região de Foz do Iguaçu investem em turismo rural e atraem visitantes: ‘Vi como uma oportunidade’


O desejo de trocar a correria da cidade pela calmaria do interior é o que tem atraído turistas para a região de Foz do Iguaçu, no oeste do estado, e impulsionado novos negócios no local.

Em Medianeira, os empreendedores Marinês e Valentim Olivo decidiram diversificar as atividades no campo. Tudo começou há 20 anos por conta de um riacho que atraía moradores das cidades vizinhas.

“Vi como uma oportunidade de montar um negócio. Pedi para o meu esposo comprar picolé, refrigerante para vender aqui para as pessoas que vinham. E assim foi. Começamos com uma caixa de isopor na sombra de uma árvore”, relembra ela.

Hoje o turismo rural é o principal negócio da família – eles tiram a renda dos 15 quiosques, das seis casas e das duas pousadas que ficam disponíveis para aluguel no verão.

“A gente climatizou os locais. Fizemos duas casas maiores com televisão, completas, com bastante conforto. Grandes, são boas para uma família com mais pessoas, casais de amigos ou até para uma confraternização”, aponta.

Com tantos investimentos feitos na propriedade, Renato Olivo, um dos filhos do casal, deve seguir com o trabalho que os pais começaram.
“Uma estrutura muito boa. Não tem como largar agora no meio do caminho. Agora minha esposa também se mudou pra cá, está ajudando também. A ideia é continuar. Eu vejo que é uma propriedade promissora, porque cada vez mais as pessoas vêm em busca desse contato com a natureza”, diz.

Começou como um hobby

Ainda na região da fronteira é possível encontrar outros locais que oferecem contato direto com a natureza e opções de gastronomia. É o caso, por exemplo, do café da manhã e do almoço oferecidos em uma propriedade em São Miguel do Iguaçu.

Tem carne de canela e assada, frango, peixes, acompanhamentos variados. Mais de cinquenta opções de pratos. Para além das comidas, os visitantes também podem contemplar a presença de animais, como pavões, tartarugas, patos, pôneis, galinhas e galos.

Renato Dias da Silva, dono do estabelecimento, conta que o sonho de transformar o local para receber o público começou há vinte e cinco anos, com a criação de pequenos animais.

“Trouxemos as mini-vaquinhas do estado de São Paulo e começou nosso hobby por criar pequenos. Com o tempo nós fomos aperfeiçoando”, diz