MERCADO CHINÊS QUE VENDIA CACHORRO E ANIMAIS SELVAGENS PARA CONSUMO, É FOCO ORIGINAL DO CORONAVÍRUS NA CHINA


O ponto zero do novo coronavírus é  Wuhan – cidade conhecida como um dos principais centros de matança de cães para consumo e que vendia também inúmeros animais selvagens “vivos”, incluindo coalas e filhotes de lobo .

O mundo teme uma nova epidemia vinda da China. Dessa vez é um novo coronavírus que surgiu na cidade de Wuhan e já se espalhou por Pequin, Xangai, Hong Kong, Tailândia, Taiwan, Japão, Coreia do Sul e pode chegar na Austrália. Nos EUA também teve um caso confirmado de pessoa que havia retornado da China.

O principal mercado de frutos do mar de Wuhan, Huanan Seafood Market, está sendo identificado como o ponto zero do vírus – um local que vende, além de carne de cachorro e gato, animais silvestres e selvagens vivos para consumo como crocodilos, porcos-espinho, raposas, filhotes de lobo e de veado, roedores, salamandras, pavões, cobras e até coalas (provavelmente como animal de estimação). Um cartaz na frente do mercado avisa que os animais podem ser comprados vivos ou mortos.

O novo vírus é da mesma família do coronavírus da SARS – Síndrome Respiratória Aguda Grave que também surgiu na China e entre 2002/03 matou 800 pessoas em todo o mundo. Até o momento, só na China são 500 casos do novo vírus confirmados com 17 mortes – a maioria de Wuhan.

Wuhan é uma cidade foco de ativistas pelos direitos animais por ser um dos principais centros chineses de matança de cães para consumo (além de gatos) e com métodos brutais conforme conta o grupo Fight Dog Meat (que luta contra o consumo de cães na Ásia) em seu site:

“Wuhan é o lar de restaurantes de carne de cachorro que assam vivos cães totalmente conscientes. Os cães são amarrados em chamas e lentamente assados ​​até a morte. É crueldade inimaginável e desprezível! Os cães são cozidos lentamente de fora para dentro, enquanto as pessoas ficam em volta e riem de seus gritos de dor”

O grupo, que é conhecido por resgatar animais de caminhões e matadouros, diz também:

“Os amantes de animais chineses querem que o mundo saiba o que está acontecendo com os animais na China. Eles estão desesperados por leis de proteção animal, mas seus gritos caem nos ouvidos surdos de seu governo. A Fight Dog Meat quer fortalecer a voz dos amantes de animais na China, ajudando a expor a realidade do comércio de carne de cães e gatos que é permitido sem leis”.

Wuhan é “holocausto” também para cães e gatos tutelados

Além do amplo comércio de carne de cachorro e, em menor escala, de gato, Wuhan recebeu no ano passado uma série de medidas que tornaram até a vida dos animais tutelados num inferno. As pessoas não podem mais ter animais de raça de porte médio a grande, e nem tão pouco passear com eles pelas ruas como costumavam fazer ainda que sejam animais que convivem com seus tutores há anos. O grupo Fight Dog Meat denuncia:

“Wuhan recentemente implementou uma proibição para qualquer cão com mais de 50 centímetros de altura. Sem exceções. Animais de estimação amados estão sendo removidos à força de proprietários por funcionários da administração da cidade. Os donos de animais devem estar atentos à segurança de seus cães. Eles não podem permitir que seu animal de estimação amado vagueie mesmo que registrado. Relatos não confirmados dizem que cães confiscados em Wuhan são queimados vivos”

Um vídeo postado pelo grupo de ativistas em seu site mostra o desespero das pessoas tentando salvar seus cães dos funcionários do governo. Veja AQUI

Matar e torturar cães em algumas cidades chinesas é rotina

Também no ano passado, dois cães foram espancados porque vagavam dentro de uma escola de Changting que, assim como Wuhan, fica na Província de Fujian. Um segurança da escola espancou um dos cães até a morte. O outro cão, da raça Golden Retriever (provavelmente abandonado) foi levado para Hospital de Animais Wuhan, em estado crítico. O crime foi registrado pelo Fight Dog Meat que fez a foto abaixo:


Fátima ChuEcco é jornalista ambientalista e atuante na causa animal