Na tarde desta segunda-feira (16), uma situação lamentável foi registrada pelos profissionais da saúde do resgate aéreo do Samu: a recusa de recebimento uma bebê pelo Hospital Universitário.
Depois de ser acometida pela Covid-19 e apresentar problemas respiratórios graves, a bebê de apenas três meses foi transferida de helicóptero de Cafelândia para Cascavel.
Chegando ao HU, o médico e enfermeiros que estavam com a bebê intubada dentro da ambulância, foram informados de que não havia vaga nem médico pediatra para receber a menina.
Problema recorrente no Hospital Universitário, a falta de vagas e de médicos tem afetado diretamente os pacientes, e ainda, prejudicado o trabalho dos profissionais que ficam de mãos atadas sem ter o que fazer.
No caso da bebê, a falta de recebimento por parte do HU, acabou deixando uma ambulância ocupada, médicos e enfermeiros dedicados ao atendimento, além de outras demandas do Samu que poderiam deixar de serem atendidas já que o encaminhamento necessário não foi dado à paciente e à equipe de socorro.
Depois de mais de uma hora esperando em frente ao Pronto Socorro do HU, a bebê apenas foi recebida pelo hospital após a chegada da Polícia Militar e também do Promotor de Justiça, Dr. Ângelo Mazzuchi, que ordenou o recebimento da bebê em 20 minutos.
O que diz o Hospital Universitário
A assessoria do HU se manifestou por meio de nota dizendo que a ocupação estava acima da capacidade não havendo espaço físico para novas admissões. Disse ainda que estava buscando solucionar o caso.
“O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop) informa que está com seis pacientes internados na sala de emergência do Pronto Socorro, onde são admitidos pacientes graves. A capacidade é para três pacientes, sendo assim, não há espaço físico para novas admissões. Dos seis pacientes internados, dois são crianças, a qual o Núcleo Interno de Regulação está tentando realizar a transferência, para que então, possa ser realizada a admissão do bebê encaminhada pelo helicóptero do Consamu. Vale ressaltar que este paciente foi transferido com vaga 0, ou seja, não havia vaga para a internação. Mesmo superlotado, a equipe do Huop está se desdobrando para realizar transferências internas e abrir espaço para a admissão e atendimento do paciente”.
Fonte: CGN