Criança de 4 anos perde fala e movimentos após engasgar com comprimido


Uma criança de quatro anos perdeu parte dos movimentos do corpo e está sem conseguir falar após se engasgar com um comprimido, em Curitiba.

O caso aconteceu no dia 26 de julho, quando Luis Fabiano se engasgou com um remédio para vermes. A criança passou um mês internada e deve receber alta do hospital nesta terça-feira (31).

No dia do acidente, Luis Fabiano Augustinhak ficou de 20 a 30 minutos sem oxigenação no cérebro, o que causou as sequelas no garoto, de acordo com a mãe do menino, Franciele dos Santos Augustinhak.

“Era um remédio mastigável, que a médica do posto orientou pra ele tomar, mas ele não conseguiu engolir e se engasgou”, contou a mãe.

De acordo com ela, Luis Fabiano recebeu os primeiros socorros na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Sítio Cercado, onde foi reanimado, e depois transferido para o Hospital Evangélico Mackenzie, onde ficou pouco mais de um mês internado.

Por causa da perda dos movimentos, o garoto também passou a se alimentar com uma sonda.

TRATAMENTO
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Mesmo com as limitações e sem conseguir se movimentar, o garoto iria receber alta do hospital no final da tarde de terça-feira (31), após ter o quadro de saúde estabilizado.

“Ele teve um período extremamente crítico, mas agora mostra alguma recuperação, ainda que muito pequena. São sinais que ele não tinha há 20 dias, como responder com o olhar a alguma interação. O quanto ele vai conseguir progredir, no entanto, é muito difícil dizer”, afirmou o chefe do serviço de pediatria do Hospital Evangélico Mackenzie, Maurício Marcondes Ribas.

De agora em diante, Luis Fabiano deve fazer tratamentos de fisioterapia para tentar recuperar parte dos movimentos.

De acordo com o médico, quanto mais estímulos a criança tiver durante o tratamento, mais chances ela tem de apresentar alguma evolução. A família, no entanto, afirma que não tem condições de manter um tratamento particular.

“Eu não trabalho, meu marido é entregador. Pelo SUS, ele só terá uma consulta a cada 15 dias. Não sabemos o que fazer para tentar recuperá-lo”, disse a mãe. (G1 Paraná – Foto: Arquivo pessoal/Franciele Augustinhak).