Governo do Paraná passa a defender modelo da menor tarifa na concessão dos pedágios


O Governo do Paraná mudou de ideia e passou a defender o modelo da menor tarifa na concessão dos pedágios no estado.

Os primeiros estudos do Ministério da Infraestrutura previam o modelo híbrido para as concessões. Desta forma, ganharia o leilão a empresa que desse o maior desconto na tarifa, limitado a 17%.

Em caso de empate, venceria a disputa quem pagasse mais dinheiro para o Governo Federal, o que é conhecido como outorga. A promessa era de tarifas até 67% mais baixas.

O Governo do Paraná chegou a anunciar a proposta, que começou a receber muitas críticas.

Os setores produtivos do estado afirmam querer um pedágio mais barato e também defendem um modelo de concessão baseado na menor tarifa. Sem limite para redução das tarifas e com uma espécie de caução, para garantir a realização das obras.

Quanto maior o desconto oferecido no preço do pedágio, maior o valor que precisa ser depositado em uma conta vinculada ao contrato.

O Governo do Paraná, então, avisou que a proposta ainda não estava fechada e que iria definir com a participação da sociedade.

No começo de abril, um documento defendendo o modelo da menor tarifa foi apresentado formalmente ao Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, pelo G7, grupo que reúne os principais setores da economia no estado, e o Governo do Paraná seguiu essa proposta.

“Nós avançamos junto com o setor produtivo, as cooperativas, o setor de comércio, indústrias, serviços. Todas essas instituições discutiram ao longo de muitos meses com o governo do estado uma proposta e, na verdade, chegamos ao entendimento de que é possível ter o menor preço e com uma garantia, com uma caução”, comentou Sandro Alex, secretário estadual de Infraestrutura.