Após quase sete meses, a Ponte Internacional da Amizade foi reaberta, nesta quinta-feira (15). A fronteira liga Cidade do Leste, no Paraguai, e Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
O governo paraguaio reafirmou sobre a reabertura, na quarta-feira (14), e divulgou protocolo rigoroso sanitário para a travessia de moradores pela ponte. A liberação também foi publicada no Diário Oficial do governo brasileiro, na noite de quarta, mas sem muitas restrições.
Nesta quinta-feira, o Ministério das Relações Exteriores publicou um comunicado no qual afirma que ambos os países adotarão protocolos sanitários para evitar a propagação da Covid-19 e que a decisão visa a recuperação econômica da região fronteiriça.
De acordo com o ministério, os dois países concordam quanto a importância de retomar as atividades.
“Coincidiram, ainda, na importância da reativação do comércio fronteiriço, especialmente para a preservação de postos de trabalho, e recordaram igualmente o recente entendimento que cria centros logísticos de comércio fronteiriço nas fronteiras de cada país e estabelece procedimentos para a entrega, nesses locais, de compra realizadas por meio de comércio eletrônico”, diz trecho do comunicado.
Pela liberação do governo paraguaio, nos primeiros 15 dias, apenas veículos poderão entrar no país, das 5h às 14h, com retorno até a 0h. A migração do Paraguai recomenda que quem passar pela fronteira fique no país até 24 horas.
Os estrangeiros que entrarem no Paraguai poderão circular até 30 quilômetros da ponte e, nesse caso, não é obrigado que façam o registro migratório, conforme o deparamento de migração paraguaia.
O governo brasileiro autorizou a entrada de estrangeiros no país e também o sentido inverso, mas sem a definição exata sobre veículos ou pedestres. No decreto brasileiro, também não há definição sobre o horário de entrada na ponte.
A portaria do governo brasileiro, de 2 de outubro, já permitia a circulação entre municípios da fronteira, como Foz do Iguaçu e Cidade do Leste, que são cidades gêmeas, mas apenas se o país vizinho fizesse o mesmo, por meio do princípio da reciprocidade.