Investigação começou após adolescente do Paraná ser apreendida vendendo tijolos de crack
Deflagrada no começo da manhã de hoje (10) a Operação Squadrone em Foz do Iguaçu, cidades de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. Alvos da operação são integrantes da associação criminosa destinada ao tráfico de drogas, porte ilegal de armas de fogo, comércio irregular de munições e armas de fogo. São mais de 100 policiais nas ruas para cumprir 31 mandados de prisão, 43 mandados de busca e apreensão, 26 bloqueios de contas bancárias, quatro ordens de restrições veiculares.
21 cidades em que ocorrem a operação:
Rio Grande do Sul
- Cachoeirinha
- Canoas
- Gravataí
- Triunfo
- Sapucaia do Sul
- Rio Grande
Santa Catarina
- Balneário Arroio da Silva
- Balneário Rincão
- Balneário Camboriú
- Criciúma
- Içara
- Itajaí
- Itapema
- Joinville
- Navegantes
- Penha
- Tubarão
Paraná
- Foz do Iguaçu
- São Miguel do Iguaçu
São Paulo
- Ribeirão Preto
- Itaquaquecetuba
De acordo com o Delegado Liedtke (2° Din/Denarc/RS), as investigações iniciaram há mais de quinze meses, quando detiveram um casal, homem com antecedentes criminais e uma adolescente do Paraná, vendendo tijolos de crack no Bairro Intercap, em Porto Alegre.
Após autorização judicial em cautelar representada pela Autoridade Policial gaúcha, as diligências investigativas que se seguiram demonstraram a existência de uma espécie de consórcio e ‘aliança’ envolvendo dois dos principais grupos de narcotráfico do Rio Grande do Sul, com origem no Vale dos Sinos, e de Santa Catarina, com origem em Florianópolis, visando à transação e comércio de substâncias entorpecentes.
Um dos alvos da Operação, era responsável pela conexão entre as duas facções que realizavam negociações de entorpecentes, principalmente cocaína e crack.
Um dos líderes do alto escalão da facção criminosa de Santa Catarina foi executado por desafetos da facção rival em setembro de 2023 em Criciúma.
Segundo as investigações, no intervalo de 15 dias, os criminosos movimentaram mais de R$ 5 milhões com a venda de cocaína e crack intermediada entre as células das facções de SC e RS. O dinheiro recebido em espécie era destinado para contas de empresas de fachada para os estados do Paraná e São Paulo, e também para uma casa de câmbio em SC, alvo de execução de mandado de busca na manhã de hoje pelos Policiais Civis Gaúchos e Catarinenses.
De acordo com o que se pode apurar, um dos principais alvos da operação é um traficante português naturalizado brasileiro, que fazia a comercialização de drogas no próprio perfil nas redes sociais, e com os lucros obtidos com a mercancia das drogas sustentava a vida de luxo.
Alguns dos integrantes da associação criminosa que já se encontravam presos no sistema penitenciário usavam os lucros para obterem regalias nos estabelecimentos prisionais.
Um deles, mesmo recolhido na penitenciária de Rio Grande/RS, negociava a venda da droga conhecida como supermaconha ou “skank” para o grupo criminoso.
As medidas cautelares executadas pelos policiais civis hoje foram expedidas pelo Poder Judiciário Gaúcho (Foro Central de Porto Alegre).