No campo, as máquinas não param – tudo para colher a maior área plantada de cana de açúcar dos últimos três anos no Paraná.
O crescimento vem sendo observado desde 2021, quando foram plantados 487,4 mil hectares de cana no estado, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral – PR).
Em 2022, a área subiu para 498 mil hectares e, em 2023, a estimativa é que chegue a 500,9 mil hectares.
Em uma lavoura em Terra Rica, no noroeste do estado, são 37 mil hectares de cana que devem ser colhidos até o fim deste ano. Por semana, saem 5.600 toneladas, que vão direto para a indústria.
“Também já começamos os preparativos para a próxima safra, mas a atividade principal desse momento na cana é a colheita. Estamos com a colheita um pouco adiantada justamente por causa do tempo mais seco das últimas semanas”, diz Carlos Hugo Godinho, coordenador de conjuntura do Deral.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a moagem de cana-de-açúcar no Brasil, nos primeiros quinze dias de setembro, teve um leve aumento, se comparado ao mesmo período do ano passado. Foram 39,64 milhões de toneladas em 2022 contra 41,76 milhões em 2023.
Em uma usina que também fica em Terra Rica, são produzidos etanol e açúcar, que são exportados para a União Europeia e Rússia, além de bioeletricidade. Ano passado, eram processadas 8 mil toneladas de cana-de-açúcar por dia.
Neste ano, o volume subiu para 9 mil toneladas e, novamente, o clima é um dos principais responsáveis por esse crescimento.
“Estamos finalmente saindo desse momento de La Niña, que perdurou no estado por três anos. Então tínhamos um regime de chuva abaixo das expectativas [normais], porque com o La Niña se espera um volume reduzido de chuvas”, explica Godinho.
