Morre aos 96 anos o astro do jazz Tony Bennett


Morreu nesta sexta-feira (21), aos 96 anos de idade, o cantor americano Tony Bennett, um dos maiores representantes do jazz.

A informação foi confirmada por sua porta-voz, Sylvia Weiner.

Ele vivia em Nova York e sofria de Alzheimer desde 2016, segundo uma declaração de 2021 de sua mulher, Susan Bennett.

Ao longo de sua longeva carreira de sete décadas, lançou 70 álbuns, ganhou 20 Grammys e vendeu mais de 50 milhões de discos.

A carreira de Bennett começou na década de 1950, com “Because of You” como primeiro hit, chegando a alcançar o primeiro lugar das paradas do pop.

Ele saiu dos holofotes na década de 1960 com a popularização do rock, mas se modernizou nos anos 1980 e retomou o sucesso que conservou até o fim da vida.

Considerado o último grande “crooner”, o artista era reconhecido pela proximidade com o público, claridade melódica da voz, interpretações simples de musicalidade complexa e, nos últimos anos de sua carreira, por duetos com artistas das novas gerações, como Amy Winehouse, Diana Kral e Christina Aguilera, as brasileiras Ana Carolina e Maria Gadú, e as estrelas latinas Gloria Estefan e Thalía.

Sua última apresentação foi com Lady Gaga, no espetáculo One Last Time, no Radio City Music Hall, em Nova York, em 2021.

Com a artista, ele também lançou um de seus últimos discos, o celebrado Cheek to Cheek, de 2014. Nos anos de ouro, também cantou com Louis Armstrong, Judy Garland, Billie Holliday e Ella Fitzgerald.

A parceria mais celebrada do artista foi a com Frank Sinatra, que o classificou como “maior cantor popular do mundo”.

Filho de pais italianos – Anthony Bennett foi batizado, na verdade, como Antonio Benedetto, e ele celebrava suas origens italianas. “Amo a Itália, voltar aqui é como voltar para casa.

Passo meu tempo pintando os campos ou provando a comida deliciosa e o vinho. Não precisa ser italiano para amar a Itália, mas para mim é especial voltar para o lugar de origem da minha família”, disse o astro em entrevista à ANSA em 2017.

Sobre seu trabalho, declarou: “Eu, lenda viva? Vai parecer humildade, mas tento apenas ser uma pessoa boa, entreter o público e fazer com que fique bem. Esse sempre foi meu objetivo como artista: dar a eles o melhor, para que possam dizer ‘realmente me diverti muito esta noite'”.

Questionado sobre qual seria o segredo de sua energia e longevidade, afirmou: “Amo o que faço, cantar e pintar, e tive muita sorte de poder fazer disso meu trabalho. Meu sobrenome de registro é Benedetto, e benedetto [bendito, em italiano] é exatamente como me sinto. Quero continuar cantando e pintando pelo maior tempo possível”.

Redação Terra.com