O Governo do Paraná anunciou na segunda-feira (29) que tem contrato assinado com o Instituto Gamaleya para a aquisição de 10 milhões de doses da vacina Sputnik V. O anúncio foi feito pelo secretário Chefe da Casa Civil, Guto Silva, após questionamentos da Frente Parlamentar do Coronavírus da Assembleia Legislativa do Paraná, coordenada pelo deputado estadual Michele Caputo.
Os recursos para aquisição do imunizante estão garantidos. Em agosto de 2020, a Assembleia Legislativa do Paraná repassou R$ 100 milhões ao Governo para a compra de vacinas. E os deputados também aprovaram outros R$ 100 milhões no orçamento do Estado para complementar o valor na aquisição dos insumos.
“É uma excelente notícia, que mostra que o Governo do Paraná está empenhado para acelerar a vacinação. Uma decisão acertada do governador Ratinho Junior, tendo em vista a escassez de vacinas disponíveis para imunizar tanto a população paranaense quando do restante do país”, explica Caputo.
O contrato está protegido sob cláusula de confidencialidade, mas foi firmado pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (TECPAR), que será responsável pela importação das doses. De acordo com o governo, a compra só será efetivada caso a vacina Sputnik V seja aprovada com registro definitivo ou para uso emergencial na Anvisa.
“Desde o ano passado esta Frente Parlamentar já alertava sobre a necessidade do Paraná fazer acordos de compra de vacinas, sobretudo para complementar o Programa Nacional de Imunização que adquiriu poucas vacinas em um primeiro momento”, lembra o deputado.
Segundo o secretário-chefe da Casa Civil, Guto Silva, o acordo para transferência de tecnologia entre os russos e o Tecpar ainda está vigente. Além disso, o Estado busca viabilizar a construção de uma planta de fabricação de vacinas em território paranaense para concretizar a segunda parte do acordo e também consolidar o Paraná como terceiro polo de produção de imunobiológicos do país.
Todo o Brasil – Ainda de acordo com o governo, uma vez adquiridas, as 10 milhões de doses, seriam incorporadas ao Programa Nacional de Imunização do Ministério, para serem distribuídas equanimemente para toda a população brasileira, da mesma forma que ocorreu com as doses de Coronavac, que foram viabilizadas pelo governo de São Paulo por meio de importação.