Por Amanda Monteiro
No próximo dia 23 de março, acontecerá a audiência de instrução e julgamento na Vara Criminal de Realeza – PR, do acidente ocorrido no dia 1 de janeiro de 2019, que vitimou a jovem Rayssa Bedin Câmera de 22 anos. A menina morava em Goiânia, mas veio para o Paraná convidar os familiares para sua formatura no curso de direito e colaria grau em fevereiro.
Após as festividades da virada do ano, Rayssa e os outros dois ocupantes do carro decidiram esperar o dia seguinte para voltar a cidade de Ampere para evitar maiores riscos em pegar a estrada tarde da noite de réveillon. No entanto, na manhã do dia 1 de janeiro, uma caminhonete S10 que vinha no sentido contrário, deu de frente com o gol onde a jovem estava, os outros dois ocupantes do gol ficaram gravemente feridos.
Com a chegada da polícia, um homem de 53 anos, Gilmar Baldissera, se apresentou como condutor da caminhonete. Visto que o homem não apresentava sinais de embriagues e não tinha nenhum ferimento, a polícia iniciou a investigação. Na noite do mesmo dia (01) o verdadeiro condutor do veículo se apresentou, se tratava de Rangel Baldissera, filho de Gilmar.
Rangel já se envolveu em outros casos como esse e é acusado de homicídio com dolo eventual, que é quando o agente, mesmo sem querer efetivamente o resultado, assume o risco de o produzir.
Como menciona a delegada da Comarca de Ampére, Tais Melo, que estava de plantão na data do ocorrido, “se investiga nessa situação não só o homicídio no trânsito e as causas do acidente, que serão apresentadas pela perícia, mas também fraude processual, que foi constada, denunciação caluniosa, pois algumas pessoas que foram ouvidas mentiram no depoimento e atrapalharam as investigações”.
O julgamento será online as 13 horas do dia 23, o pai de Rayssa, que mora no Maranhão, estará presente acompanhado dos advogados.
