Após crise no sistema de saúde devido à pandemia do novo coronavírus, o ministro da Saúde Eduardo Pazuello confirmou visita à Cascavel, no oeste do Paraná, na quinta-feira (4).
O prefeito Leonaldo Paranhos havia feito um convite ao ministro, na tarde desta terça-feira (2), para que ele visitasse ainda nesta semana para ver a realidade da saúde pública na cidade.
“Estamos diante de uma realidade muito triste, os números não param de aumentar. Estamos recebendo muita gente da região. A situação é bem precária” disse o prefeito.
O voo da Força Aérea Brasileira (FAB) com a comitiva está previsto para chegar às 13h, no Aeroporto de Cascavel.
Conforme a prefeitura, Paranhos vai conduzir a visita do ministro a uma das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), ao Centro de Vacinação Covid-19 e à obra do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná (Cisop).
Ao longo da semana, o prefeito também havia solicitado a Pazuello 15 novos respiradoras e monitores para auxiliar no enfrentamento à doença.
Nesta terça-feira, Parranhos agradeceu ao Ministério da Saúde pelos respiradores liberados e afirmou que os 15 já estão no Hospital de Retaguarda.
Carta solicitando transferência de pacientes
Devido a situação do sistema de saúde, a Prefeitura de Cascavel também enviou nesta terça-feira uma carta a Eduardo Pazuello e ao secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto, solicitando “apoio imediato de caráter urgentíssimo” para que pacientes com Covid-19 sejam transferidos para outras regiões ou estados.
O documento citou que na macrorregião existem 160 pacientes aguardando por leitos de UTI ou enfermaria para Covid-19.
Em resposta à carta, a Sesa encaminhou uma nota dizendo que possui uma Central de Regulação de Leitos e uma ampla rede hospitalar, onde são concentrados os pedidos de transferências de pacientes entre os serviços de saúde.
Informou ainda que este remanejamento de pacientes é comum e pode ocorrer dentro das macrorregiões ou entre as macros, de acordo com a disponibilidade de leitos e visando um melhor e pronto atendimento ao paciente.
“A Sesa não tem medido esforços para ampliar o maior número de leitos possíveis evitando que qualquer paciente fique desassistido. Está sendo solicitado pela Sesa aos hospitais da região a possibilidade de receber estes pacientes o quanto antes”, diz trecho da nota.