Um levantamento da Controladoria-Geral do Estado (CGE) aponta que o Paraná registrou quase 200 suspeitas de casos de “fura-filas” da vacina contra a Covid-19, em menos de duas semanas de atendimento oferecido para denúncias.
Foram 189 denúncias até quarta-feira (10), segundo os registros da Ouvidoria-Geral.
Curitiba, Maringá e Tijucas do Sul lideram o ranking entre as cidades com mais casos.
Em segundo lugar, após a capital, que tem 39 suspeitas sob investigação, aparecem outras 16 denúncias em que os informantes não disseram a cidade em que o caso aconteceu.
Denúncias
Após os registros, a controladoria investiga os casos de pessoas que furam a fila da vacinação, que não fazem parte dos grupos de risco e tiram a vez de quem deveria receber a dose primeiro.
As denúncias podem ser feitas de forma anônima,pela internet ou pelos telefones 0800 041 1113 e (41) 3883-4014, que atende pelo aplicativo Whatsapp. Há também um formulário online para denunciar.
O Governo do Paraná destacou que os denunciantes devem oferecer o máximo possível de informações do caso, para auxiliar na investigação. São informações relevantes para a denúncia:
- Identificação da pessoa que foi vacinada irregularmente;
- Data, local e hora da vacinação;
- Quem aplicou a vacina;
- Se possível, anexar foto ou outro documento para comprovar a denúncia (os dados não são divulgados).
Na Assembléia Legislativa do Paraná (Alep), um projeto de lei, apresentado pelo deputado Requião Filho (MDB), prevê multa de mais de R$ 50 mil para quem furar a fila da vacinação. A proposta foi encaminhada para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Suspeita de ‘fura-filas’ em todas as regionais de Saúde
De acordo com a CGE-PR, foram denunciados casos em todas as 22 regionais de Saúde do Paraná, sendo que 78 denúncias têm fortes indícios de que a pessoa que recebeu mesmo a dose, furando a fila da vacinação.