VEREADORES DE LINDOESTE CASSAM MANDATO DO PREFEITO JOSÉ ROMUALDO


Os vereadores de Lindoeste decidiram nesta manhã cassar o mandado do prefeito José Romualdo Pedro, o Zezinho. Foram seis votos favoráveis e dois contrários, entre os nove vereadores, um deles estava ausente. A sessão iniciada às 9 horas foi concluída perto do meio-dia.

Foram analisados separadamente nove itens.Votaram a favor do relatório que indicou a cassação os vereadores Douglas Henrique de Souza, Euri Chiero, Euzébio Silvério da Rocha, Junio José Geraldo, Marivone Salete Perin, Namir Vicente Teixeira.

Foram contra o relatório e votaram pela absolvição do prefeito Clarinda Palhano e Rosalina de Jesuz Silveira. O vereador Sidinei dos Santos não participou da sessão.

O prefeito é acusado de desvio de verbas com uso de laranjas no recebimento de recursos. O valor atualizado do dano aos cofres públicos, levantados em uma tomada de contas de 2018, foi de R$ 180 mil, sendo que R$ 79 mil foram devolvidos.

Discussão

No processo, a defesa do prefeito afirmou que foram tomadas atitudes assim que as irregularidades foram descobertas e alega que teve assinaturas falsificadas. Eles afirmam que uma primeira despesa no valor de R$ 9 mil, lançada a um fornecedor mas que acabou na conta de uma loja de bebidas que não tinha contrato com o município foi percebida. Depois disso outros casos foram descobertos. O Secretário de Finanças da época é que teria ordenado as despesas com a participação de mais um servidor.

“Peço não por mim por mim, mas pelo município de Lindoeste, que não se cometa nenhuma injustiça. Eu paguei do meu bolso o laudo para um dos cheques que mostrou que não fui eu que assinei. Se não querem acreditar no laudo, que contestem com outro perito de confiança, mas eu perder o mandato sem provas é desrespeitar o voto da população”, disse o prefeito antes da votação.

Também foi pontuado na sessão que as denúncias teriam sido arranjadas e que não há prova que o prefeito cometeu irregularidades.

As denúncias, que também são apuradas pelo Gaeco foram apresentadas à Câmara, onde uma comissão apurou, em 36 dias e enviou um relatório pedindo a cassação. No Gaeco o prefeito ainda não foi ouvido.

A sessão para votar a cassação foi chamada durante o recesso da Câmara.

FONTE: CGN