Segundo Lima, ele vinha de Rolim de Moura, transportando 500 sacas de café, num total de 30 toneladas do produto, que seria entregue na cidade de Cantaduva (SP). A cerca de 40 km de Pimenta Bueno, o caminhoneiro percebeu que a carreta Scania 113 que dirigia estava “travando” na BR 364.
A vítima acredita que os bandidos tenham subido na carroceria, no momento em que ele havia reduzido a velocidade ao passar por um quebra-molas. Eles teriam dobrado a mangueira de ar, fazendo o caminhão parar.
Logo mais à frente, um homem que estava sobre o veículo, deu um tapa na porta e o rendeu, com a ajuda de um comparsa. Luiz foi trazido até o posto “Gaúcho Abandonado”, já perto de Vilhena. Ali, ele foi obrigado pelos marginais a enviar, para a empresa que monitorava a carreta, uma mensagem dizendo que o veículo havia apresentado defeito mecânico.
Com um lençol cobrindo sua cabeça, o motorista foi colocado em um carro e levado de volta em direção a Pimenta Bueno. Na altura da estrada que dá acesso à usina Rondon II, os seqüestradores entraram numa região de mato e um deles ficou no local, vigiando a vítima.
Somente ontem à noite (sábado, 08), o outro seqüestrador apareceu no cativeiro para buscar o comparsa. Ele orientou que a vítima permanecesse no mato por mais uma hora, enquanto ele e o colega fugiam. O bandido levou um churrasquinho para o seqüestrado, que estava sem comer há mais de 24 horas.
Depois que se sentiu seguro, Lima caminhou até a rodovia e pegou carona com um caminhoneiro, que o trouxe até Vilhena. Ele revelou ao site que os bandidos chegaram a lhe tranqüilizar, dizendo: “Seu caminhão vai aparecer, nós só queremos a carga de café”. O produto transportado estava avaliado em mais de R$ 200 mil.
Fonte: Ubiratã Online