Um crime que chamou atenção pelos indícios de frieza e crueldade deve ter novos desdobramentos a partir do julgamento marcado para esta quinta-feira (16), a partir das 09 horas, no Fórum Estadual de Cascavel.
Luan da Silva e Marcelo de Oliveira Novossate sentam no banco dos réus. Eles são acusados da execução de Anderson Carneiro, de 17 anos, morador de Santa Izabel do Oeste, encontrado morto no dia 19 de agosto de 2018, na zona norte de Cascavel. O crime, conforme apontou as investigações, foi praticado dias antes, no dia 17. A vítima era
A acusação é de homicídio qualificado com as qualificadoras de motivo torpe, uma vez que teria sido praticado por vingança, e recurso que dificultou a defesa da vítima, que estava sozinha, em lugar ermo, desarmada, atacada e executada com diversos golpes de faca.
Investigação
Conforme os autos do processo do MPPR (Ministério Público do Estado do Paraná), os relatos das testemunhas ouvidas anteriormente à denúncia, as ligações telefônicas interceptadas, as informações obtidas durante a investigação, assim como os demais elementos de prova colhidos apontam a autoria do delito aos réus Luan e Marcelo.
Ainda de acordo com o processo, Anderson teria sido morto por vingança pela morte de um membro do PCC (Primeiro Comando da Capital), no dia 12 de agosto, em uma casa noturna no município de Realeza. A vítima foi Luiz Fernando de Carvalho, vulgo “Pará”, de 25 anos, era membro da facção criminosa e do grupo de WhatsApp “Irmandade 45”, que também incluía Marcelo, Luan e outros participantes.
Após a morte do integrante do grupo, as investigações da Polícia Civil apontaram que Anderson foi executado no chamado “tribunal do crime”. À época, a execução foi filmada e divulgada nas redes sociais entre os membros da facção da criminosa como forma e exemplo, devoção e lealdade ao PCC.
Funções na organização criminosa
Além do crime de homicídio, pesa sobre os réus a acusação de facção criminosa, tendo em vista que investigações apuraram que os acusados são membros ativos e com funções de destaque na organização criminosa PCC, a qual se caracteriza pela associação de várias
pessoas por todo o país, estruturalmente ordenada e com divisão de tarefas, que objetiva a obtenção de vantagens de várias naturezas (econômica, política etc), mediante a prática de infrações penais com penas máximas superiores a quatro anos, como homicídio e tráfico de drogas.
Luan e Marcelo foram presos em 05 de setembro de 2018 e continuam detidos na PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel).
De acordo com a Polícia Civil, Marcelo já tem três condenações por roubo e exercia função de “disciplinar da 45”, ou seja, uma espécie de chefe na região do DDD 45. Luan, por sua vez, fazia a função de “salveiro do estado”, garantindo que ordens dos líderes fossem cumpridas.
Novas informações
A nossa reportagem procurou a Delegacia de Homicídios, mas não obteve novas informações ou detalhes sobre o caso.
Fonte: Catve