Moegão chega a 75% de execução e prepara o Porto de Paranaguá para o futuro


O Moegão, maior obra pública portuária do Brasil, alcançou 75,1% de execução, de acordo com as medições técnicas realizadas na primeira quinzena de outubro. Até o momento, foram concluídos 83,17% da parte civil (estrutura física), 80,33% da mecânica e 48,93% da parte elétrica. De acordo com o cronograma, a conclusão total deve ocorrer até janeiro de 2026.

Um dos principais avanços foi a finalização da montagem dos pré-moldados da cobertura da moega. No mesmo local foram instaladas as grelhas metálicas no piso por onde passarão os produtos que sairão dos vagões. Das nove torres, sete já estão com a parte civil (concreto) concluída.

O novo complexo é formado por moegas ferroviárias, sistema de transporte vertical (elevadores de canecas), sistema de transporte horizontal (correias transportadoras), sistema de transferência de produto (torres de transferência), sistema de alimentação dos terminais (torres de alimentação), balanças (ferroviárias e integradoras), prédio administrativo e prédio de manutenção.

Após entrar em operação, o Moegão poderá receber 24 milhões de toneladas de grãos e farelos por ano, atendendo aos terminais do Corredor de Exportação Leste (Corex).

O Moegão é uma obra que fará muita diferença no presente, mas que também prepara o Porto de Paranaguá para o futuro. “Estamos antecipando o aumento da movimentação de cargas que chegará por aqui a partir dos investimentos na ampliação do modal ferroviário que ocorrerão em breve. Paranaguá não será um gargalo para o receptivo de trens”, afirma o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

O Governo do Estado do Paraná, por meio da Portos do Paraná, está investindo mais de R$ 650 milhões na construção, com recursos próprios e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Atualmente, em média, 550 vagões podem ser descarregados diariamente nos terminais de exportação. Com o Moegão, esse processo será padronizado em um único ponto de descarga: 180 vagões poderão ser descarregados a cada cinco horas — o que equivale a aproximadamente 900 vagões por dia. Os granéis vegetais seguirão por correias transportadoras até 11 terminais interligados ao sistema e, de lá, para os navios.

Como as composições férreas não precisarão mais entrar nos armazéns para descarregar, as manobras, hoje necessárias, deixarão de existir. O número de cruzamentos com interrupções nas vias de acesso à área portuária cairá de 16 para cinco.