A idosa que foi resgatada de uma situação de maus-tratos na quinta-feira (28) em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, permanece internada nesta segunda-feira (1º) e não deve ficar mais com a própria família, segundo a Fundação de Assistência Social da cidade (FASPG).
Ao órgão municipal disse que a idosa será encaminhada para acolhimento após receber alta do hospital. O Hospital Universitário Regional da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG) informou que ela está no pronto atendimento de observação, em estado estável.
A situação de maus-tratos foi descoberta após uma agente de saúde perceber que a idosa parou de comparecer a consultas, ir até a casa dela, acompanhada de uma médica da unidade de saúde, e acionar a Guarda Civil Municipal ao ver a situação. De acordo com as profissionais de saúde, a idosa fazia acompanhamento psiquiátrico.
Segundo a GCM, ela morava sozinha e vivia em meio a sujeira e móveis quebrados, sem comida ou higiene adequadas.
A corporação afirma que, enquanto a equipe estava no local, a sobrinha da idosa foi até lá e se apresentou como a responsável pelos cuidados da tia. Ela foi presa em flagrante, e recebeu liberdade provisória no dia seguinte.
O delegado Wesley Vinicius, responsável pela autuação da sobrinha, disse que ela contou que a mãe dela, que é irmã da vítima, era quem cuidava da idosa. No entanto, ela tem mais de 70 anos e está com a saúde debilitada – e, por isso, foi a sobrinha quem assumiu os cuidados.
“Segundo ela, estava indo todos os dias na casa da senhora, mas os vizinhos relataram à GCM que ela ia no máximo dois dias por semana. […] A idosa estava em situação de abandono”, relata o delegado.
A GCM verificou no local que, para se alimentar, a idosa estava recebendo doações de uma vizinha que percebeu o abandono.
Os nomes das envolvidas não foram revelados, tenta-se identificar a defesa da sobrinha da vítima.