Morte de enteada em máquina de lavar: veja o que se sabe sobre crime que tornou madrasta ré em Cascavel


Morte aconteceu em maio de 2022, em Cascavel. Suzana Dazar dos Santos é acusada facilitar a morte da menina por sentir ciúmes do pai da criança e acreditar que ela prejudicava o relacionamento dos dois.

A morte por afogamento da menina Isabelly de Oliveira Assumpção, em uma máquina de lavar roupas, levou a madrasta dela, Suzana Dazar dos Santos, a ser denunciada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) e virar ré na Justiça

Suzana é acusada de ter usado brinquedos e um banco para induzir a menina a se afogar no eletrodoméstico. Isabelly tinha três anos de idade e morreu em maio de 2022, na véspera do dia das mães, em Cascavel, oeste do Paraná.

A morte de Isabelly foi registrada em 7 de maio de 2022, um sábado, véspera do dia das mães naquele ano. A menina, que vivia com a mãe, passava o fim de semana com o pai. Na hora do afogamento, ele estava trabalhando, e Isabelly ficou sob os cuidados da madrasta, Suzana.

Na época, a PM informou que a criança morreu afogada após cair dentro da máquina. Conforme a polícia, a madrasta foi quem encontrou a criança no local e chamou por socorro, momento em que os vizinhos acionaram equipes do Samu e também dos bombeiros da cidade.

As corporações estiveram no local e realizaram procedimentos, mas não conseguiram reanimar a menina.

Para o MP, “a denunciada previu e assumiu conscientemente o risco de ocasionar a morte da vítima”.

O documento, que tramita em segredo de Justiça, foi obtido com exclusividade pela RPC Cascavel. Nele, o órgão elenca quatro fatos considerados na denúncia:

  1. Colocou um banco de plástico em frente da máquina de lavar roupas que estava cheia de água;
  2. Depositou alguns brinquedos da criança dentro do referido eletrodoméstico;
  3. Colocou Isabelly sobre o banco para que ela brincasse com os objetos que estavam na água;
  4. Saiu do local (lavanderia do imóvel), deixando a vítima sozinha e sem supervisão por tempo suficiente para que o evento morte ocorresse.

De acordo com a denúncia, o crime foi motivado por ciúmes e sentimento de posse da madrasta em relação ao pai da criança. Isso porque a mulher acreditava que a menina estava prejudicando o relacionamento entre os dois, por causa da proximidade dele com a mãe da menina.