Projeto “Elas gostam de acelerar” leva as mulheres para dentro dos autódromos


Mulheres ganham representatividade no automobilismo

A Rachel é dona de um pioneirismo que precisa ser exaltado. Ela é a primeira e única mulher que se tornou engenheira de uma equipe da Stock Car.

A Patrícia tem só 20 anos trabalha na mesma equipe da Rachel. Ela é mecânica, mais uma pequena chama de esperança por um esporte mais diversificado. Cresceu vendo o pai na oficina e estar na Stock Car é um sonho realizado.

No começo não foi fácil. Fazer parte de um universo onde os homens são a maioria esmagadora é um processo de resistência diária. Teve brincadeiras inconveniente e até um certo preconceito velado, mas depois de dois, quando ela chegou no automobilismo, as coisas foram mudando. Esta é a segunda etapa dela na Stock Car.

A chama da Patrícia, da Rachel, se espalha pelo autódromo de Cascavel quando encontramos esse grupo de mulheres conhecendo a categoria mais famosa do Brasil. Mulheres de vários cantos do Brasil, interessadas em aprender e socializar. É o projeto “Girls Like Racing”, capitaneado por Rachel, que quer trazer as amantes do automobilismo para dentro dos boxes, e pela Érika, que criou a comunidade.

Dentro da comunidade de mulheres apaixonadas por velocidade elas conversam com profissionais de áreas diferentes, tem acesso aos boxes das equipes, são inseridas por um dia no mundo do automobilismo. No meio do grupo encontramos a jornalista da Catve, Patrícia Cabral, que foi apresentada a uma outra versão da categoria.

E como parte dessa imersão no mundo da velocidade, não poderia faltar aquela voltinha rápida na pista do autódromo, com os pilotos Cesar Ramos e Thiago Camilo. Adrenalina pura. Não tem como pedir para um piloto dar uma maneirada no acelerador. A Sabrina estava no mesmo carro que a Patrícia Cabral e queria mais, uma volta foi pouco.

Foi depois da volta rápida que conhecemos a Joci. Ela é mãe da Gabrielle e foi motivada pela própria filha. As duas vieram de Curitiba para participar do Girls Like Racing.

Falar de representatividade feminina no automobilismo quase a mesma coisa que pensar em um grid com dois ou três carros. Mas que precisam concluir a prova para puxar mais gente para dentro.