O Sul do país deve registrar, nesta quarta-feira (10), o período mais intenso de atuação do ciclone extratropical que se formou na madrugada de terça-feira (9) sobre o Rio Grande do Sul. O sistema avançou rapidamente pelo estado, provocando chuva forte, rajadas de vento e ocorrências estruturais em diferentes municípios.
De acordo com informações do Climatempo, a pressão atmosférica no centro do ciclone deve cair para valores inferiores a 1000 hPa, condição que favorece ventos severos e precipitação em curto intervalo de tempo. As instabilidades já foram registradas em diversas regiões gaúchas desde o início da terça-feira.
O meteorologista Piter Scheuer afirma que o fenômeno avança em duas fases. A primeira, marcada pelos temporais, ocorreu durante a madrugada. Ao longo desta quarta, o sistema entra gradualmente na fase de intensificação dos ventos, após períodos alternados de chuva e abertura de sol registrados durante o dia.
A previsão indica que o pico da intensidade será sentido durante a noite, quando o ciclone estará completamente estruturado. Nesse período, podem ocorrer rajadas entre 90 e 120 km/h, descargas elétricas, chuva persistente e risco de granizo.
Há possibilidade de elevação do nível de rios e córregos, especialmente no litoral e em áreas serranas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
No território catarinense, Scheuer aponta que as rajadas podem superar os 100 km/h em regiões como o Costão da Serra, Serra do Mar, Planalto Norte e pontos elevados da Serra Catarinense.
Embora o centro do ciclone permaneça restrito ao Sul, efeitos indiretos devem alcançar outras regiões. No Sudeste, são esperadas rajadas de vento e instabilidade em São Paulo, no centro-sul do Rio de Janeiro e no sul e sudoeste de Minas Gerais. No Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul pode registrar ventos fortes entre esta terça (9) e quarta-feira (10).
