Cafeicultores estão nos últimos dias da colheita do café, no Paraná. Dos 26 mil hectares de café plantados no estado, 96% das lavouras concluíram a colheita. Expectativa para o balanço geral é positiva.
Conforme o levantamento da Secretaria de Agricultura do Paraná (Seab), a estimativa de produção para este ano é de 710 mil sacas – 46% maior que a safra de 2022.
Com produtividade maior, boa qualidade dos grãos e uma florada dando sinais de fartura também para 2024, o único fator que tem incomodado os produtores é o preço. A Seab confirma queda superior a 40% nos preços ao produtor.
Por outro lado, os consumidores continuam reclamando de não verem o preço baixar na mesma proporção.
Baixa no preço não repassada
Um levantamento mensal feito pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná mostra que no mês passado a cesta básica teve uma queda de 2% em Londrina, no norte, enquanto o café registrou alta de 3,5%.
De acordo com Paulo Franzini, economista do Departamento de Economia Rural do Paraná, a indústria afirma que não consegue repassar a queda do preço ao produtor integralmente ao consumidor devido aos gastos com logística.
“Percebemos agora nos últimos dois meses uma queda no preço ao produtor, porém não houve redução nos insumos que compõem o produto final na prateleira, como combustível e logística, tudo isso se manteve. Então eu creio que a gente não deve esperar queda acentuada lá na prateleira do supermercado”, indica o economista.