Copel começa processo de privatização de termelétricas


A Companhia Paranaense de Energia (Copel) iniciou o processo de privatização com duas usinas termelétricas, que são movidas a fontes de calor. Em uma delas, que fica na região de Curitiba, a proposta de venda já foi apresentada.

Segundo a Copel, o mercado foi informado da proposta em 8 de fevereiro. A companhia anunciou que também já começou a fase da intenção de venda de toda a participação da usina termelétrica de Araucária.

O comunicado diz que os compradores vão receber um memorando com todos os detalhes sobre a companhia e instruções sobre o processo de desinvestimento.

A termelétrica de Araucária é ligada ao sistema elétrico nacional e tem capacidade de 484 megawatts, onde é dona de 81% das ações.

Como é movida a gás, o custo de produção é mais alto do que o das hidrelétricas. Atualmente, quase 60% da energia do Brasil vem da produção hídrica.A Copel também informou que vai devolver à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ainda nesse ano, a outorga da usina termelétrica de Figueira, no Norte Pioneiro, que é movida a carvão.

De acordo com a companhia, as usinas continuarão existindo para casos de emergência, como aconteceu durante a crise hídrica, só que não serão mais controladas pelo governo.Dinheiro

A Copel ainda não divulgou quanto a venda das empresas deve render aos cofres da companhia. O presidente da pasta, Daniel Slaviero, disse que o processo está em avaliação e os recursos devem ser usados na própria empresa para melhorar a geração e distribuição de energia limpa.

Na Assembleia Legislativa, a oposição se articula contra a proposta. O deputado estadual Requião Filho (PT) afirma que vai procurar o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o da União (TCU). O processo de privatização das ações da Copel está marcado para outubro deste ano.