Bolsonaro anuncia prorrogação do auxílio emergencial até dezembro, mas com valor de R$ 300


BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira, 1º, a prorrogação do auxílio emergencial a informais, desempregados e beneficiários do Bolsa Família até o fim deste ano. Serão mais quatro parcelas de R$ 300 (setembro a dezembro).

“O valor definido agora há pouco é superior a 50% do valor do médio do Bolsa Família”, afirmou Bolsonaro, em referência ao benefício médio de R$ 190 do programa criado na gestão petista.

“O valor como tínhamos dizendo, R$ 600 é muito para quem paga, no caso o Brasil. Podemos dizer que não é um valor suficiente muitas vezes para todas as necessidades. Mas basicamente atende”, completou o presidente.

O auxílio emergencial foi criado originalmente para durar três meses (tendo como base os meses de abril, maio e junho). Depois, o governo prorrogou por duas parcelas (julho e agosto) por meio de um decreto. O valor de R$ 600 foi mantido em todo esse período. Para mexer no valor, o governo vai editar uma Medida Provisória (MP), que tem vigência imediata.

O pronunciamento foi feito logo após Bolsonaro oferecer um café da manhã a líderes do Congresso para acertar os últimos ajustes da prorrogação do benefício. A iniciativa de conversar com os congressistas antes de finalizar a proposta é mais um gesto de aproximação do presidente com o Legislativo. O anúncio, inclusive, foi antecipado no último final de semana por um dos principais líderes do centrão, o deputado Arthur Lira (PP-AL).

Entre os participantes do encontro estavam os ministros da Economia, Paulo Guedes, da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e da Casa Civil, Walter Braga Netto. Foram convidados cerca de 20 parlamentares do chamado ‘Centrão’ e outros alinhados ao governo.

O auxílio emergencial é a medida mais cara do pacote anticrise e já demanda R$ 254,3 bilhões em recursos, considerando as cinco primeiras parcelas. O custo mensal, com parcelas a R$ 600, é de R$ 51,5 bilhões. O benefício é visto como um dos fatores que fizeram o presidente atingir a maior índice de popularidade desde o início do governo.