O prefeito de Nova Tebas, no norte do Paraná, Clodoaldo Fernandes Dos Santos (PSC), o secretário municipal de Planejamento, João Paulo Arent, e a sede da prefeitura foram alvos de mandados de busca e apreensão realizados pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) na manhã desta terça-feira (25).
O prefeito, secretário e quatro empresários são investigados por fraude à licitação, desvio de recursos e falsificação de documento.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), é investigado o conserto de uma máquina motoniveladora sem a realização de uma licitação para o serviço. Os promotores afirmam que, além da falta do processo licitatório, não houve preocupação com o controle do custo do serviço.
O Ministério Público afirma que há suspeita de que a máquina devolvida para a prefeitura, após o conserto, não foi a mesma.
Os promotores dizem que, posteriormente, o prefeito e outros servidores públicos fraudaram uma licitação para legalizar o pagamento do serviço.
Ainda conforme o MP-PR, o chefe do Executivo Municipal contou com a ajuda de três empresários de Londrina , que têm empresas envolvidas em outras fraudes licitatórias, para que a irregularidade desse certo.
Durante o cumprimento do mandado de busca na casa do prefeito, os investigadores encontraram R$ 32 mil em dinheiro.
Além de autorizar os mandados de busca e apreensão, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) determinou que os empresários investigados estão proibidos de frequentar a prefeitura de Nova Tebas e de manterem contato entre si e com os servidores do município.
O que dizem os investigados
Por meio de nota, a defesa do prefeito Clodoaldo Fernandes Dos Santos (PSC) disse que ainda não teve acesso às investigações, mas nega qualquer irregularidade.
Explicou que a contratação para a realização do conserto da máquina foi feita de forma regular, mas que a empresa contratada é investigada por operações em outras cidades. A nota informa que houve vinculação da licitação em virtude de problemas que a prefeitura teve na execução do contrato.
A defesa ressalta que o prefeito de Nova Tebas “não praticou qualquer espécie de irregularidade, pelo contrário, o procedimento administrativo que determinou ser realizado comprovará a veracidade dos fatos”.
Sobre o dinheiro apreendido, a nota diz que o montante foi recebido de uma operação financeira familiar e que há documentos que comprovam a origem do valor.
O secretário de Planejamento disse que só teve o celular apreendido e negou qualquer irregularidade.
Fonte: G1