Uma semana após temporal, Ubiratã ainda trabalha na reconstrução de imóveis


Exatamente uma após o temporal que atingiu Ubiratã a palavra que mais se ouve na cidade é “reconstrução”. 

Muitas famílias ainda contabilizam os prejuízos. 

O Jurandir mora no Jardim São Vicente. Ele estava em casa e quando viu o temporal chegando correu para fechar as portas. Da janela viu o estrago. Parte da casa dele foi destelhada. 

A cobertura da garagem onde ficam os carros sumiu e até hoje ele não sabe onde foi parar. Ele conta que nunca na vida tinha passado por uma situação de pavor como essa. 

A Rosângela mora no meu bairro. Ela ainda não conseguiu digerir tudo que aconteceu. A moradora estava atendendo clientes no salão de beleza quando ao lado da casa dela este depósito de um supermercado começou a ser destruído pelo vendaval. Uma das laterais do barracão foi totalmente arrancada. 

Parte da cobertura também. Um caminhão que estava estacionado no interior do depósito teve o para-brisa quebrado pelos estilhaços. Da casa da Rosângela é possível ver uma telha cravada na lateral da estrutura. Para ela parecia mais um filme de terror. 

Na mesma região mais de 10 postes de iluminação pública caíram, casas foram completamente destelhadas, esse pequeno comércio de tintas perdeu toda a parte superior com a força dos ventos. Só ficaram mesmo as paredes. Hoje o estabelecimento começou a ser consertado pelo pequeno empresário. Pela ruas tem entulhos para todos os lados. 

Na Vila Recife ainda encontramos ruas obstruídas pelos galhos das árvores. Praticamente todas as casas desta região sofreram algum tipo de dano. O barracão do pátio de máquinas também foi completamente descoberto. 

No total o temporal atingiu diretamente 1.300 famílias e indiretamente 4.000 pessoas de 13 bairros diferentes. 33 famílias ficaram desalojadas e ainda estão temporariamente morando com parentes. 

Só nesta segunda-feira (06) a energia da cidade foi totalmente reestabelecida, mas muitos moradores ainda estão sem internet. No município faltam materiais para atender a demanda. 

A Defesa Civil de Ubiratã distribuiu mais de 16 mil metros de lona. Os mais afetados contam com a solidariedade para recomeçar. 

No ginásio de esportes muitas doações chegaram. Roupas, calçados, cobertores e outros materiais. A maior necessidade nesse momento é de móveis, já que muitas famílias perderam tudo. 

Alimentos também são bem vindos. A Secretaria de Assistência Social estão distribuindo marmitas para os mais carentes, desde a última quarta-feira. 
Fonte: Catve